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Notícias Gerais
Hidrogênio verde tem potencial de “limpar” indústria do aço -- com o Brasil em papel de destaque, aponta estudo alemão
26 de Jun, 2023
Desempenho abaixo do esperado no primeiro trimestre acendeu sinal de alerta da indústria, que pode rever sua projeção de crescimento de 5% a 10% para 2018, se não houver melhora rápida.
A indústria de bens de capital mecânicos não está apresentando a reação esperada. O setor teve avanço de 0,8% no primeiro trimestre e, caso não demonstre melhora rápida, as projeções de crescimento podem ser revistas para o ano.
“Começamos 2018 com uma estimativa de 5% a 10% de crescimento. Para isso, teríamos que ter um bom desempenho no primeiro trimestre. Mas o mês de março foi fraco e, se não houver uma reação em abril, seremos obrigados a rever nossa perspectiva anual”, declarou o diretor de competitividade da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mario Bernardini, em coletiva de imprensa.
As vendas realizadas pelo setor em março caíram 5,6% em relação ao mesmo período de 2017. O desempenho do trimestre foi fortemente puxado pelas exportações, que representam metade da receita total.
Para Bernardini, o Brasil não está apresentando condições de crescimento sustentável. “Não estamos vendo no governo atual políticas que permitam isso. Dois motores para uma retomada econômica seriam redução de juros de mercado e um câmbio mais competitivo.”
O dirigente acredita que juros menores permitiriam uma desalavancagem de empresas endividadas. “É uma forma inteligente de reduzir dívidas. Já o câmbio mais competitivo é uma excelente saída pra puxar emprego e salários.”
Bernandini ainda aponta que as condições de crédito também precisam melhorar. “Não adianta juros baixos se o crédito está difícil.” Ele também criticou o custo de financiamento por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Bernardini afirma que, hoje, as condições estão piores que no mercado de capital aberto. “Isso acaba sacrificando as empresas médias e pequenas, que só tem o BNDES como opção.”
O presidente do conselho de administração da Abimaq, João Carlos Marchesan, declarou que a indústria precisa retomar o crescimento, mas o custo de investimento ainda é muito alto no País.
“A indústria precisa investir. As máquinas e equipamentos estão se tornando improdutivas com as novas tecnologias. Mas o retorno do investimento é incompatível com as taxas atuais de financiamento. É necessário desonerar os aportes do setor industrial.”
Bernandini pontuou que não adianta reduzir alíquotas de importação de máquinas se não houver um horizonte positivo para investimentos.
“É preciso existir demanda e perspectiva de lucro. Se essas condições não existem, o investimento não é feito, não importa o custo. A questão não é só o preço das máquinas ou a redução de alíquota de importação. Isso não é o fator central de estímulo”, avalia.
Agenda industrial
Os dirigentes da Abimaq revelaram que estão convidando todos os pré-candidatos à presidência da República para discutir um plano de desenvolvimento da indústria. “Já tivemos uma longa conversa com Geraldo Alckmin (PSDB) e encaminhamos ofícios para todos os presidenciáveis. Elaboramos uma proposta para uma indústria forte e moderna. Precisamos criar um ambiente de negócios mais favorável para quem investe e produz”, contou Marchesan. “Não vamos votar em ninguém que não tenha em seu programa a indústria como força motriz de desenvolvimento”, completou Bernandini.
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