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Indústrias investem cada vez mais em energia sustentável no Paraná
A preocupação com poluição, gastos em tempos de crise e principalmente com o meio ambiente, tem feito as indústrias paranaenses investirem em soluções para a geração da chamada ‘Energia Limpa’. A iniciativa, tomada por diversos empreendimentos em todo o Paraná, visa melhorar a competitividade das empresas no cenário nacional.
Segundo o especialista em Energia do Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente e Química, Carlos André Fiuza, as indústrias estão investindo cada vez mais nos sistemas de energia fotovoltaica, ou seja, utilizar placas solares para gerar a própria energia. “O sistema autossustentável aos poucos está sendo inserido nas empresas e indústrias e isso melhora a competitividade dos empreendimentos, que com a economia na conta de luz conseguem se manter no mercado gerando emprego e renda”.
Em Curitiba, o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR) está construindo um empreendimento que irá gerar 100% a própria energia e ainda irá ‘devolver’ parte da geração à Companhia Paranaense de Energia (Copel). “Hoje a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) permite que o excedente de geração de energia seja ‘devolvido’ para a rede pública, acumulando créditos que podem ser debitados em períodos sem geração, principalmente à noite”, explicou o presidente da entidade, José Eugênio Souza de Bueno Gizzi.
Sustentabilidade compartilhada
Uma resolução da Aneel permite que indústrias espalhadas pelo estado possam ‘dividir’ a geração de energia. “Com a resolução da Aneel, uma indústria em Cascavel e outra em Curitiba podem dividir a conta, ou seja, a da capital, por exemplo, pode devolver energia para a Copel e a companhia pode abater na conta de luz daquela instalada em Cascavel, assim a economia pode ser vista em vários lugares”, resumiu Fiuza.
Para o especialista, ainda faltam incentivos para que as indústrias implementem de vez, mas o Paraná, aos poucos, avança na geração de energia renovável. “Nós vemos que o Paraná está caminhando para que muito em breve as indústrias possam se beneficiar dessa tecnologia e ainda gerem economia em todos os setores”.
Economia desde o início
De acordo com o presidente da empresa 3B Energy, especializada em instalação de painéis fotovoltaicos, Alexandre Brandão, hoje as indústrias já podem fazer a opção pelos painéis solares gastando menos do que se gastaria no pagamento das contas de energia elétrica. “Nós conseguimos fazer com que o investimento mensal nos painéis seja menor do que se pagaria na fatura de luz, ou seja, a economia é imediata e as indústrias podem sentir a diferença já no início”. Além disso, Brandão considera que o retorno do investimento feito se paga rapidamente. “O investimento se paga sozinho e de 5 a 7 anos a geração de energia fica por conta somente das indústrias, ou seja, uma redução de até 100% nos gastos com as contas de luz”.
Brandão ainda explica que antes essas contas não geravam os principais custos para as indústrias, mas esse quadro mudou. “Antigamente os custos de energia elétrica não eram considerados os maiores dentro de uma indústria, mas de alguns anos para cá essas faturas chegam a ser o segundo maior custeio, ficando atrás apenas do pagamento dos funcionários”.
Para o especialista em Energia do Senai, esse quadro está mudando e com algumas facilidades tributárias disponibilizadas pelo governo, dentro de alguns anos, mais de 80% das indústrias já estarão utilizando a energia solar como fonte principal de economia. “Nós esperamos que em alguns anos as indústrias de adaptem aos recursos e possamos ter uma economia cada vez maior e a crise econômica influencia nisso, já que com essa economia o quadro de pessoal não precisa ser reduzido, gerando emprego e renda”.
Fonte: Massanews.com - economia
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