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Exportadores de eletroeletrônicos cortam metas
São Paulo - Praticamente uma em cada quatro empresas que exportam eletroeletrônicos produzidos no Brasil revisou para baixo os embarques previstos para 2016 depois que o dólar recuou para menos de R$ 3,20. De acordo com sondagem feita pela Abinee, associação que representa fabricantes de produtos que vão de eletrodomésticos portáteis e aparelhos de informática a equipamentos industriais, como geradores, 24% dos associados da entidade reduziram em cerca de um terço (35%) a meta de exportações deste ano.
Empresas do setor relatam que deixam de ter competitividade para disputar mercados internacionais, até mesmo no Mercosul, com o dólar abaixo de R$ 3,50.
A maioria dos exportadores dessa indústria (76%) manteve as previsões para os embarques deste ano, por conta, principalmente, de contratos já fechados. Ainda assim, parte desse grupo considera que deve perder competitividade futura se o real mantiver a trajetória de apreciação.
Segundo Humberto Barbato, presidente da Abinee, as empresas de eletroeletrônicos avaliam que o câmbio deveria se estabilizar acima dos R$ 3,50, a marca considerada como ideal. Ele defende a retomada das taxas de juros competitivas nos financiamentos das exportações.
Nas contas das empresas filiadas à Abinee, as exportações de eletroeletrônicos devem chegar a US$ 6,2 bilhões neste ano, num crescimento de 5% sobre o montante apurado em 2015 - ano negativo nas vendas externas. A elevação da exportação tem ajudado a aliviar a redução superior a 19% na produção. Mesmo com o dólar mais barato, Barbato não crê na inflexão da tendência de queda dos importados, dada a fraca atividade econômica. "Se houvesse mercado consumidor, os concorrentes estrangeiros estariam rindo à toa neste momento."
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