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Fiep promove live sobre linhas de crédito para projetos de indústria 4.0
14 de Abr, 2022
O vazamento de um "plano de governo" em que o PMDB promete privatizar tudo o que é possível em "matéria de infraestrutura" num provável governo de Michel Temer agradou aos representantes da indústria. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, afirma que, se Temer fizer o governo de ajustes que está prometendo, caso se confirme o afastamento da presidente Dilma Rousseff, será a "melhor notícia desde as Diretas-Já".
"O Estado brasileiro está num tamanho que não é possível manter. A Fiep sempre defendeu o enxugamento da máquina e um modelo que privilegia a iniciativa privada e a livre concorrência", diz. Para ele, o Estado "não sabe gastar" e sempre se mostra foco de corrupção no País.
Campagnolo considera, no entanto, que o modelo de privatização e concessão precisa ser feito com regras claras e transparentes. "Não pode ser este do Paraná. São 20 anos que estamos sofrendo com o pedágio", critica. Ele se refere à privatização do Anel Rodoviário, feita pelo governo do Estado na década de 90, que apresenta altas tarifas e poucas obras.
Questionado se o Porto de Paranaguá deveria ser privatizado pelo governo federal, Campagnolo acha pouco provável. "Há uma série de questões trabalhistas e sindicais ali que dificultariam (a privatização). Mas, acredito que novas áreas que venham a ser construídas devem ser por concessão", afirma.
O presidente da Fiep diz que os aeroportos paranaenses administrados pela Infraero devem ser transferidos à iniciativa privada, bem como outras rodovias. Para dar certo o projeto de privatizações do PMDB, de acordo com Campagnolo, é preciso mudar as agências reguladoras. "Precisamos de um modelo de agência que não seja aparelhada pelos partidos políticos", defende.
CNI
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) listou 36 medidas consideradas pela instituição como "indispensáveis" para tirar o País da crise e entregou o documento ao vice-presidente, Michel Temer. "O documento sustenta que o País só voltará a crescer com ações nas áreas fiscais e de competitividade", afirma a CNI.
Segundo a confederação, os empresários aguardam sinalização de que o governo investirá em medidas estruturais para recuperar a confiança e voltar a investir no Brasil. A CNI ouviu empresários para levantar as 36 medidas. As ações sugeridas passam pelo ajuste fiscal, por reformas na legislação trabalhista e de tributação, pelo aumento das concessões em infraestrutura, por avanços na área de comércio exterior, por melhores condições de crédito para as empresas e pela suspensão de novas obrigações acessórias que aumentam o custo e a burocracia para as empresas.
"A saída da grave crise econômica por que passa o País exige a adoção de uma série de medidas na área fiscal e de aumento da competitividade. Não existe uma bala de prata ou uma mágica para melhorar o ambiente de negócios. É um conjunto de ações, que, somadas à retomada do diálogo e à escolha de uma equipe eficiente, podem tirar o País da recessão", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Para acelerar o processo de concessões, a instituição pede que Temer reveja o regime de partilha em óleo e gás, modernize as condições de acesso ao gás natural importado e as concessões para exploração de gás natural em terra, além de cobrar a Conta de Desenvolvimento Energético de forma proporcional e considerar os custos totais nos leilões de energia elétrica.
Ainda nesse sentido, a CNI quer um aumento na geração térmica na base do sistema e na participação privada nos serviços de água e esgoto além de transferir as administrações portuárias ao setor privado e concluir o processo de revisão das poligonais dos portos organizados. (Com Agência Estado)
14 de Abr, 2022
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