Notícias Gerais
As propostas da indústria para economia, tributação e comércio exterior
27 de Jun, 2022
(02/04/2023) – A indústria brasileira de máquinas e equipamentos encerrou o mês de fevereiro com crescimento de 7% da sua receita líquida de vendas em relação ao mês anterior. Os negócios apresentaram alta tanto nas vendas domésticas quanto nas exportações.
No comparativo com o mesmo mês de 2022, porém, o resultado é inferior em -7,8%. De acordo com a Abimaq, que apresentou o balanço do setor durante a abertura da feira Plástico Brasil, na semana passada, trata-se da nona queda consecutiva neste tipo de comparação. Com isso, no primeiro bimestre do ano, o setor acumula queda de 7,1%.
As exportações de máquinas e equipamentos tiveram alta de 7% sobre o mês anterior. No primeiro bimestre de 2023, acumularam crescimento de 16,4%.
Já as vendas no mercado interno apresentaram resultado positivo na comparação mensal (7,1%), mas não o suficiente para superar o nível de negócios observado no mesmo mês do ano anterior (-13,5%). Assim, as vendas internas fecharam o primeiro bimestre com queda de 13,2%.
Para o restante do ano, na avaliação da entidade, o quadro ainda é incerto. A expectativa é de relativa melhora nas vendas de máquinas para setores menos dependentes de crédito. “Setores produtores de bens, cujo consumo depende menos de crédito, como é o caso dos produtores de bens de consumo não duráveis e de infraestrutura, deverão registrar melhores resultados; enquanto setores mais dependentes da taxa de juros, como os de máquinas para agricultura e máquinas para a indústria de transformação”, comenta Cristina Zanella, diretora de competitividade, economia e estatística da Abimaq.
“Algumas medidas previstas pelo governo federal, visando fomentar o processo de reindustrialização, a agenda de competitividade baseada na reforma tributária e redução do custo de créditos aos investimentos, poderão, por outro lado, resultar em melhora da confiança nos setores produtivos, em especial no segundo semestre”, acrescenta Cristina.
Exportações – Segundo o balanço, o bom desempenho no mercado externo tem sido de fundamental importância para o setor. Em fevereiro, novamente o setor exportou quantia superior a US$ 1 bilhão. “Estes montantes estão mais corriqueiros, só em 2022 houve oito meses em que as vendas externas apresentaram resultados semelhantes”, informa o relatório do balanço.
E acrescenta: “Este resultado reforça o bom momento atravessado pela parte exportadora do setor de máquinas e equipamentos. Resultados desta mesma magnitude só haviam sido observados anteriormente em 2012”.
Segundo a entidade, foram registradas altas em todos praticamente os tipos de máquinas e equipamentos, no comparativo interanual, com a exceção de máquinas para bens de consumo, com queda de 0,9%.
O destaque, no entanto, fica para o setor de máquinas para logística e construção civil que registrou crescimento de 39,2% no período – respondendo por 30% no total das exportações de máquinas no período. E também para o setor de componentes para a indústria de bens de capital, com alta de 33,5%, representando 24,2% do total exportado.
Foram registrados aumentos nos volumes para todos os destinos. “No primeiro bimestre de 2023, observamos um aumento das exportações em todas as regiões, com destaque para os países da América do Norte e América do Sul. O crescimento sobre o primeiro bimestre de 22 foi de 48,3% e 22,3%, respectivamente”.
Importações – Já as importações de máquinas e equipamentos registraram queda em fevereiro, na comparação com o mês anterior, de 11,9%. No bimestre, porém, houve aumento de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A queda observada em fevereiro frente ao mês anterior (-11,9%) atingiu a todos dos segmentos de mercado. Entre os bens com as maiores queda, se destacam as máquinas para logística e construção civil (-13%), que representou 16,9% de tudo que foi importado no período.
Fonte: Usinagem Brasil
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