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Gasolina sobe 2,43% e gera maior impacto sobre o IPCA-15 de janeiro, mostra IBGE
20 de Jan, 2017
Das oito cidades do Sul do País com mais de 300 mil habitantes - excetuando-se as capitais - Londrina é a terceira com maior concentração de baixos salários. Dos 178.280 empregados com carteira assinada no Município, 102.118, ou 57,28%, recebem até dois salários mínimos (R$ 1.576). Pelotas, no Rio Grande do Sul, tem a maior fatia dos empregados nesta condição: 62,32% (48.960) dos 78.553. Depois, vem Cascavel. Na cidade do Oeste do Paraná, 64.834 (61,94%) dos 104.669 trabalhadores recebem até dois salários mínimos. Os números estão disponíveis no site mercadodetrabalho.mte.gov.br.
Caxias do Sul (RS) é onde há menos empregados na faixa mais baixa de salários. Lá, dos 173.142 que têm carteira assinada, apenas 68.782 (39,7%) estão nesta condição.
Se, por um lado, muita gente é mal remunerada em Londrina, por outro, a cidade tem uma das maiores proporções de empregados com rendimento acima de dez salários mínimos (R$ 7.880). São 5.554, ou 3,12%, nesta faixa.
Em Londrina, 33,01% estão na faixa intermediária de 2 a 5 salários mínimos. Só Pelotas, com 27,44%, e Cascavel, com 31,43%, têm menos. Na outra ponta, Caxias do Sul tem 46,74%. Já, entre 5 e 10 salários mínimos, Londrina fica com 6,6% e Caxias do Sul com 10,69%.
Ao cruzar a quantidade de empregados por faixa salarial com a dos setores da economia que mais geram postos de trabalho, salta aos olhos, mais uma vez, a importância da indústria da transformação. Os maiores salários estão nos municípios industrializados de Joinville, Caxias do Sul e Blumenau.
Londrina é o único, entre os oito, que não tem nenhum segmento industrial entre os que mais geram empregos. Já, em Caxias do Sul, onde menos de 40% da mão de obra empregada com carteira assinada recebe até dois salários mínimos, há quatro segmentos industriais entre os que mais empregam.
A indústria automotiva é a líder de empregos na cidade gaúcha, com 22.353 trabalhadores com registro em carteira. O município é o único entre os oito onde o comércio não vem em primeiro lugar. Lá, o comércio é o segundo, respondendo por 18.686 postos de trabalho. A indústria de "produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos" é o terceiro, com 9.038 pessoas. Em sexto e sétimo lugares, vêm indústria de máquinas e equipamentos e indústria de produtos de borracha e de material plástico, com 7.689 e 7.570 empregos respectivamente.
O economista do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fabiano Camargo da Silva, afirma que "em geral" os salários maiores estão na indústria. "Além de salários, há mais benefícios na indústria da transformação", destaca.
Mas, não são todos os segmentos da indústrias que remuneram bem. O mais presente no Paraná, de produtos alimentícios, é um dos que menos pagam. Por isso que as cidades paranaenses de Cascavel e Maringá, que têm importante participação deste segmento, perdem nas médias salariais quando comparadas com Joinville e Caxias do Sul, onde a indústria está mais relacionada ao setor automotivo.
De acordo com o economista do Dieese, fora da indústria de transformação, um segmento que paga bons salários é o dos bancos, do setor de serviço. "A média do setor financeiro no Paraná é de R$ 4.870, o que puxa a média do setor de serviços como um todo para R$ 2.200", declara.
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