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Recuperar a Importância do setor industrial é prioridade na agenda de entidades
São Paulo – Diante de um novo momento político no País o painel que abriu o Seminário Megatendências 2023 – O Novo Brasil, organizado pela AutoData Editora, trouxe uma discussão sobre a importância da indústria brasileira. Incentivar o desenvolvimento da atividade industrial e voltar a figurar junto dos maiores polos do mundo é imprescindível na visão de Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, José Velloso, presidente da Abimaq, e Josué Gomes, presidente da Fiesp.
A indústria automotiva, inserida neste ambiente de indústria de transformação, perdeu 16 pontos porcentuais com relação ao PIB em 30 anos. Desde 2008 caiu 37%: tinha um peso de 16,8% no PIB e em 2021 representou apenas 10,3%. Estes dados foram apresentados por Sahad, do Sindipeças, para quem “é preciso recuperar a situação da indústria porque a cadeia automotiva gera empregos de qualidade superior. Além disso a inovação é inerente aos nossos negócios. Precisamos aparar arestas macroeconômicas para eliminar os entraves da competitividade”.
Mais do que a redução na participação no PIB fundamental é reverter perda de participação da indústria de alta e média tecnologia dentro da indústria de transformação, ressaltou Velloso, da Abimaq: “Para isso é preciso políticas corretas, de uma agenda de competitividade, reformas, como a tributária, e discutir o custo de capital para investimento e alavancar os negócios”.
Gomes, da Fiesp, acrescentou que foram criadas situações hostis, como o excesso de tributação, que afeta a capacidade de investimento das empresas, e a alta taxa de juros: “A indústria de transformação deve voltar a ser a locomotiva do crescimento nacional sem termos uma nova industrialização, e que pressuponha uma integração às cadeias de suprimento, mais digitalizada, inovadora e de baixo carbono, com uma política industrial horizontal, juros compatíveis e modernização tributária”.
Lima Leite, da Anfavea, chamou a atenção para uma realidade de sobrevivência em curto prazo. Destacou que o País precisa atrair investimentos baseado em coragem, ousadia e política de governo, e citou o México, país que reúne esses quesitos e atrai muitos investimentos:
“Temos uma indústria de autopeças competitiva, temos um País com condições naturais e tecnológicas fantásticas e temos de estar inseridos nesta cadeia global. Preferimos exportar lítio ou temos interesse em ser um polo exportador de bateria elétrica? Isso tem que estar inserido dentro de uma política de desenvolvimento industrial”.
“Mas o México abocanha oportunidades porque tem uma carga tributária menor”, advertiu Sahad. “Tudo passa pela competitividade. Precisamos mais do que uma política industrial, de uma política de Estado.”
Esta mesma competitividade é o que Leite apontou para o setor automotivo: 85% dos carros produzidos no mundo vêm de empresas associadas à Anfavea. As matrizes, por sua vez, apontam como soluções para o Brasil a harmonização regulatória com outros países.
Josué Gomes, da Fiesp, ao propor a eliminação dos resíduos na tributação em cadeia, que afetam importações e exportações, acredita que é preciso aumentar o comércio com outros blocos e mais ainda dentro da própria América do Sul e Latina.
Fonte: AutoData
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