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No 1º dia do Fórum Econômico, líderes defendem globalização
Discursos de primeiros-ministros de Índia e Canadá são considerados críticas à posição do presidente americano Donald Trump e sua política protecionista.
Os primeiros-ministros de Índia e Canadá defenderam, nesta terça-feira (23) a globalização na abertura do Fórum Econômico de Davos, à espera da chegada de Donald Trump, cujos posicionamentos protecionistas prometem gerar debates.
"As forças do protecionismo estão levantando a cabeça frente à globalização", disse o indiano Narendra Modi, no discurso de abertura do evento.
Já o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, garantiu que, para evitar as críticas ao livre-comércio, "temos que colocar no centro as preocupações e o bem-estar de nossos cidadãos médios".
Trudeau também celebrou o avanço do acordo de livre-comércio Ásia-Pacífico (TPP), que inclui 11 países, e falou da negociação complexa do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), entre Canadá, México e Estados Unidos.
"Estamos trabalhando muito duro para assegurar que nosso vizinho do sul (Estados Unidos) reconheça o bem do Nafta", afirmou.
À espera da chegada de Donald Trump, maior destaque deste edição e conhecido por suas posições protecionistas e antiglobalização, Modi afirmou que "o isolamento não é uma solução", mas reconheceu que a globalização está perdendo seu encanto.
"Nossas economias recompensam a riqueza, e não o trabalho duro", afirmou.
A ONG avalia que 82% da riqueza planetária criada no ano passado acabou nas mãos do 1% mais rico, enquanto mulheres pobres são as que menos se beneficiaram do crescimento econômico, segundo informe publicado na segunda-feira. No Brasil, 5 bilionários têm a mesma riqueza que metade da população, apontou o relatório.
Próximos dias
O Fórum de Davos terá novos painéis nos próximos dias com a presença de autoridades dos principais países do mundo.
O presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel e o rei da Espanha Felipe VI estão entre os cerca de 2.500 delegados e 70 chefes de Estado e de governo que, neste ano, irão à estação suíça.
A América Latina também estará presente em peso, com os presidentes do Brasil, da Argentina, da Colômbia e do Panamá, entre outros.
Mas o mais esperado certamente é o mandatário americano, que chega na sexta-feira a Davos, após os republicanos e democratas americanos alcançarem um acordo provisório, nesta segunda-feira, que encerrou a paralisação orçamentária.
A presença de Trump em Davos provocou protestos na Suíça - além de Davos, localizada nos Alpes suíços, foram realizadas manifestações em Zurique e em Genebra.
A semana será repleta de seminários de todo tipo, que abordam assuntos não apenas econômicos, mas também sociais e tecnológicos, como as consequências das "fake news", ou as implicações da inteligência artificial no mercado de trabalho. O lema central do evento é "Criando um futuro compartilhado em um mundo dividido".
Fonte: G1 - Globo.com - Economia.
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