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Indústria quer ampliar investimentos dos Emirados Árabes Unidos no Brasil
16 de Out, 2017
Em 14 anos de ação, unidade da Anpara em Cambé cresceu de apenas 190 metros quadrados para 1,1 mil metros quadrados
Nos últimos 14 anos, o produtor brasileiro, de forma geral, assimilou de forma bastante eficiente a lei 9.974/2000, que trata de forma rígida a destinação final correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas sem prejuízos ao meio ambiente. Numa curva que só cresce ano a ano, tal logística reversa aplicada saltou de 3,7 mil toneladas devolvidas em 2002 para 44,5 mil toneladas previstas até o final de 2016: um salto significativo. Os números são do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV).
Ontem, a Associação Norte Paranaense de Revendedores Agroquímicos (Anpara), que conta com 55 sócios entre empresas e cooperativas, abriu as portas da sua Central de Recebimentos de Embalagens Vazias de Produtos Fitossanitários, localizada em Cambé, para apresentar alguns resultados deste trabalho de conscientização junto aos produtores de 32 cidades da região. A associação incentiva práticas sustentáveis, como a tríplice lavagem para a devolução e a destinação ambientalmente correta das embalagens utilizadas nas lavouras (veja o infográfico). "Hoje, temos mais de 500 profissionais entre engenheiros agrônomos, técnicos e dirigentes orientando milhares de produtores da região", salientou o diretor técnico executivo da Anpara, Irineu Zambaldi.
Em 14 anos de ação, o aumento estrutural da unidade de Cambé – localizada dentro do aterro sanitário da cidade – é a prova de que os produtores paranaenses sabem da importância desta logística reversa. Em 2002, o espaço possuía apenas 190 metros quadrados. Agora, são 1,1 mil metros quadrados, sendo os materiais destinados aos recicladores e incineradores ambientalmente licenciados ou credenciados pelo InpEV. Anualmente, o recebimento chega a 980 mil embalagens no local.
"Nós começamos com uma quantidade pequena e os produtores bem resistentes. Aos poucos, o comportamento deles foi mudando e a maioria se adaptou rapidamente. Eles sabem que a permanência das embalagens no meio ambiente pode trazer diversos malefícios ao solo, água e ar, além de colocar as pessoas em risco direto", complementou.
Atualmente, 95% das embalagens de defensivos agrícolas utilizadas nas lavouras retornam para as centrais do Paraná. Para Zambaldi, o percentual só não é maior porque os chamados microprodutores – aqueles que possuem pequenas propriedades, como chácaras – ainda acumulam as embalagens no meio rural e até incineram de forma incorreta. "Os médios e grandes já adotaram a tríplice lavagem e recebem o comprovante por isso. Precisamos agora conscientizar esses microprodutores. Além disso, realizamos o trabalho de transbordo itinerante, viajando em datas agendadas por diversos distritos para receber as embalagens de forma mais prática", finalizou o diretor.
16 de Out, 2017
23 de Jun, 2020