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Inovação no setor industrial beneficia a área da saúde
Você compraria uma camiseta com a qual é possível monitorar os batimentos cardíacos durante a prática de exercícios, sem carregar qualquer tipo de equipamento? Foi este o projeto desenvolvido pela empresa Gelt Tecnologia e Sistemas, de Londrina, em parceria com o Instituto Senai de Tecnologia da Informação e Comunicação, também sediado no norte do Paraná.
O “CardioCare” foi aprovado em um edital do Senai para inovação, o que garantiu recursos para o desenvolvimento do projeto. Os pesquisadores do IST e a empresa estudaram diferentes materiais, o hardware (parte física) e o software (programa) que permitissem a captura e a transmissão dos dados para quem usar a camiseta. As equipes chegaram no protótipo de uma camiseta no ano passado.
“Hoje, o monitoramento cardíaco acontece com os dispositivos antigos. A ideia foi transformar isto com a chamada tecnologia vestível, que já é difundida por meio de relógios, por exemplo. A camiseta pode ser usada tanto por atletas quanto por pessoas interessadas em praticar exercícios físicos”, explica Silvana Kumura, coordenadora do serviço de tecnologia e de inovação do IST
Ela lembra que existe uma forte tendência na adesão à atividade física, inclusive envolvendo bastante esforço e carga. O acompanhamento poderia ser feito pelo próprio usuário ou por uma equipe média, a distância, e com o estabelecimento de parâmetros para as medições.
A camiseta tornaria a função do monitoramento cardíaco muito mais simples e acessível. “O mais complicado deste projeto foi conceber o material que conduzisse os estímulos e reportasse isso, pois não poderia ter volume. Os principais desafios não foram o hardware ou o software”, enfatiza. Silvana acredita que, aos poucos, uma tecnologia como esta será mais difundida e também mais acessível economicamente.
Este é apenas um dos projetos de inovação voltados para a área da saúde que foram desenvolvidos ou ainda estão sendo no Paraná, por meio dos Institutos Senai de Tecnologia (IST) ou de Inovação (ISI) instalados no Estado, que fazem parte do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Sistema Fiep).
No ISI em Eletroquímica, localizado no Campus da Indústria, em Curitiba, os pesquisadores trabalham no desenvolvimento de soluções na área da saúde, por meio de sensores eletroquímicos. Estes sensores podem ajudar na obtenção de resultados mais rápidos de exames ligados à saúde humana e animal, além dos monitoramentos ambiental e de bioprocessos. A tecnologia pode ser aplicada em medidores portáteis, o que também facilitariam o acesso e os benefícios da ferramenta.
Seria como levar aquele conhecido medidor de glicemia, utilizado pelos diabéticos em casa, para um nível maior e mais complexo. “Isto desburocratizaria os processos, sem a necessidade de coletar e levar amostras para laboratórios, atingindo locais mais remotos. Seria beneficiada a população longe dos grandes centros, além das propriedades rurais”, exemplifica Paulo Roberto Marangoni, pesquisador do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica.
Os sensores também permitem um ganho de maior sensibilidade nos exames, com parâmetros cada vez menores. Seria possível chegar a diagnósticos cada vez mais precoces e gerariam tratamentos mais eficazes ou adoção de medidas mais rápidas.
“No setor industrial, o diagnóstico rápido e in loco poderia salvar uma produção. Um produtor de frangos, se detectar uma doença entre os animais, hoje precisa coletar amostra e encaminhar ao laboratório. Durante este processo, ele pode perder toda a sua produção. Uma tecnologia como esta pode reduzir custos e perdas”, comenta Marcos Antonio Coelho Berdon, pesquisador-chefe do ISI em Eletroquímica.
O instituto possui parcerias com universidades e empresas do Paraná e de outros estados para o avanço nas pesquisas e para um impulso visando a aplicação no mercado.
Fonte: Massa News
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