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Indústria nacional mergulha na depressão econômica
A queda da confiança da indústria em fevereiro ante janeiro segue-se a uma alta expressiva, retratando um movimento de acomodação. Após avançar além do que os fundamentos da economia sugeriam, o índice reflete agora a depressão econômica em curso no país
Por Redação – de São Paulo
Mais um indicador de que a crise segue no setor industrial nacional. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 1,2 ponto em fevereiro, para 87,8 pontos, ante janeiro, feito o ajuste sazonal, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Houve piora tanto das expectativas quanto da avaliação sobre a situação atual.
A queda do ICI em fevereiro ante janeiro segue-se a uma alta expressiva do índice, retratando um movimento de acomodação. Após avançar além do que os fundamentos da economia sugeriam entre abril e setembro do ano passado, o índice encontra-se agora em patamar mais realista.
— O cenário econômico, que inclui notícias favoráveis à atividade como a queda de juros e injeção de recursos das contas inativas do FGTS, pode levar a novos ganhos de confiança na indústria, caso o ambiente político não se deteriore nos próximos meses — afirmou a jornalistas Aloisio Campelo Junior, superintendente de estatísticas públicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.
Os níveis de ociosidade da indústria também aumentaram em fevereiro. A utilização da capacidade instalada (Nuci) diminuiu 0,3 ponto percentual, para 74,3%, na série com ajuste sazonal. A sondagem colheu informações de 1.084 empresas.
Juros em queda
A pesquisa da FGV também não teve tempo hábil para captar a perspectiva de redução para a taxa básica de juros no final deste ano. É o que mostra a pesquisa Focus divulgada nesta quarta-feira pelo Banco Central (BC), com projeção mais baixa para a inflação.
Os economistas consultados reduziram a conta para a Selic a 9,25% no final deste ano, de 9,5% no levantamento anterior. Isso, depois que o BC reduziu a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual novamente, para os atuais 12,25%.
Os dados do levantamento mostram que a expectativa é de novos corte de 0,75 ponto percentual nas reuniões de abril junho do BC. Seguidos de duas reduções de 0,50 ponto e de outras duas de 0,25. Para o fim de 2018 permanece a projeção de Selic a 9,0%.
Entretanto, o grupo que reúne as instituições que mais acertam as projeções no médio prazo, o Top-5, continua vendo a taxa básica de juros a 9,5% ao final de 2017. Mas para o ano que vem a estimativa foi reduzida a 9,25%, de 9,38% antes na mediana das projeções.
Meta de inflação
Os especialistas aguardam agora a divulgação da ata da última reunião do BC. Ela será divulgada na quinta-feira e tende a calibrar as apostas.
Com o afrouxamento monetário, as expectativas de inflação permanecem em declínio. E os especialistas veem agora uma alta do IPCA de 4,36% este ano, 0,07 ponto percentual a menos do que no levantamento anterior.
A projeção para 2018 continua sendo de um avanço de 4,5%. Para ambos os anos a meta de inflação é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA-15 subiu 0,54% em fevereiro, mas no acumulado em 12 meses atingiu 5,02%, menor nível desde junho de 2012.
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