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Comerciantes fecham as portas e ‘enterram’ governo Dilma
Protesto contra a corrupção e a favor do impeachment tem lojas fechadas por meia hora no centro de Londrina, terminando em passeata na Sergipe.
As lojas do centro da cidade fecharam as portas ontem das 10 horas às 10h30, em protesto contra a corrupção no País. Carregando a representação de uma "sepultura triplex", onde estariam enterrados a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, e o Partido dos Trabalhadores, comerciantes e seus empregados fizeram uma passeata pela Rua Sergipe, entre a Avenida São Paulo e a Rua Pernambuco.
Minutos antes das 10 horas, Nicolau Bulgacov Junior, dono do Café São Paulo, localizado na avenida de mesmo nome, fechava as portas do estabelecimento. "Nós precisamos despertar o civismo. Precisamos acabar com a corrupção. Esse governo não pode mais ficar. É o povo sofrendo, as empresas sofrendo, o comércio sofrendo. Precisamos mudar esse governo", justificou. A gerente da vizinha Cacau Show, Juliana Barbosa, fazia o mesmo. "O Brasil está passando por um momento complicado e todo mundo tem que se unir", disse.
Na Rua Sergipe, a comerciária Ana de Melo, de 23 anos, esperava para participar da passeata. "Acho que o Brasil está afundando com Lula e Dilma. O futuro do País depende do jovem. Se tiver mil manifestações, eu vou participar das mil." Com carro de som tocando o Hino da Independência, a passeata começou às 10 horas e terminou, pontualmente, às 10h30. Os participantes gritavam palavras de ordem como: "Fora PT e leva a Dilma com você", "Oh! Lula, pode esperar, o japonês vai te pegar", ou ainda, "A nossa bandeira jamais será vermelha". Também entoaram palavras de apoio ao juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.
Apoio
A manifestação recebeu o apoio dos consumidores. "Tem mais é que fechar mesmo. É uma cambada de ladrões que está acabando com o País", afirmou a aposentada Antônia Camargo, ressaltando que não se importava de esperar meia hora para continuar suas compras. "Sou a favor. Tem que cair esse governo de corruptos. Tem que cair todo mundo, de todos os partidos. Não tem problema parar meia hora pensando no futuro do País", justificou o microempresário Luís Fernando Pereira, de 25 anos, que tinha ido ao centro para fazer compra.
Já a dona de casa Sandra Teixeira aproveitou para ganhar uns trocados no calçadão vendendo material verde amarelo. Ela afixou um cartaz na parede de uma loja onde se lia "Moro mata a cobra e mostra a cobra morta", e espalhou bonés, cornetas, tiaras, entre outros produtos pelo chão. "Tinha um pouco de material que sobrou da copa e resolvi vir aqui para vender", contou.
Nem a Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), que organizou a manifestação, nem os policiais militares presentes estimaram o número de participantes na passeata. O Grupo Folha participou da manifestação fechando as portas da empresa das 10 horas às 10h30. Construtoras também liberaram seus trabalhadores para realizarem protestos nos canteiros de obra.
Lojistas fecham as portas em protesto - Veja o vídeo: Clique Aqui
Fonte: Folha de Londrina - Economia.