Café com o Presidente
ENAI 2015 APONTA CAMINHOS E COBRA SOLUÇÕES DO GOVERNO DILMA
Olá meus amigos
Na última semana foi realizado, em Brasília, o 10º Encontro Nacional da Indústria (Enai 2015). Participaram cerca de 2 mil empresários, políticos, líderes sindicais empresariais e diversas personalidades da economia. Como era de se esperar, o clima de descontentamento era imenso entre os empresários que, como todos nós, estão amargando um ano muito difícil com retração na economia e com perspectiva de crescimento negativo . Além, é claro, da crise política que é responsável em boa parte pela crise econômica. O Sindimetal Londrina esteve representado pelos nossos diretores Ary Sudan e Marcus Gimenes e pela nossa coordenadora administrativa, Priscilla Filgueiras. Para nossa satisfação, o case do Sindimetal Londrina foi disseminado aos empresários e líderes sindicais em alguns materiais da CNI, além deles utilizarem nossa logo e nosso case em materiais de capacitação sindical, pelo Programa de Desenvolvimento Associativo - PDA.
Mas voltando a falar dos debates, houve momentos tensos, principalmente nos pronunciamentos dos parlamentares da base do governo Dilma. Em alguns momentos houve vaias. Apesar do clima negativo, há caminhos que podem ser seguidos para que o país retorne ao eixo do desenvolvimento.
Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, é necessário que seja feita uma real reforma da previdência, avanços no sistema tributário, nas relações de trabalho e na regulação das concessões. Também defendeu que é essencial a mobilização para viabilizar as reformas que vão elevar a competitividade da indústria. Andrade foi claro: “É preciso que o setor público se comprometa com uma profunda melhoria do ambiente de negócios no Brasil”, disse ele.
O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meireles, cogitado para substituir o atual Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que, mesmo reconhecendo a gravidade da crise que o país atravessa, avalia que a economia brasileira está mais forte e preparada para a recuperação desde que sejam concluídas as medidas de ajuste fiscal e as mudanças estruturais. Para ele, um dos entraves do crescimento é a educação. No entendimento dele, enquanto o país avançou no acesso da população ao ensino e no número de anos de estudo, a qualidade da educação brasileira ainda está defasada, quando comparada a de outras economias emergentes.
Joaquim Levy, atual Ministro da Fazenda, disse que a agenda da indústria é a mesma do governo. E é preciso oferecer um ambiente de confiança e de segurança jurídica para os investidores. Segundo ele, o projeto do governo é simplificar os impostos, modernizar a legislação trabalhista e ampliar os investimentos em infraestrutura. No entanto, afirmou Levy, o Brasil precisa enfrentar a questão do ajuste fiscal e criar novas condições de financiamento da economia.
O evento foi encerrado com a palestra do ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. Clinton afirmou que o mundo precisa de um Brasil bem-sucedido e que os Estados Unidos necessitam “desesperadamente” que seu principal parceiro comercial no hemisfério sul dê certo. “Todo americano tem interesse em ver o sucesso do Brasil. Todos atravessamos um momento difícil, mas a capacidade de o país fazer as coisas acontecerem é impressionante. Nunca se esqueçam das vantagens dadas por Deus a esse país. No Brasil, eu acredito”, afirmou Clinton.
Caminhos foram apontados no Enai 2015. Há saída. Porém, é claro que é preciso urgentemente que a questão política seja resolvida. Há quase um ano discute-se se a presidente Dilma deve ficar ou não. Enquanto isso, o País está parado, trazendo prejuízos irreparáveis para a economia.
E esta é uma das cobranças do Enai. Reformas para poder avançar e paz para poder trabalhar.
VALTER ORSI
Presidente do Sindimetal Londrina
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