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Indústria espera aumento do emprego e do investimento após a modernização das leis do trabalho
07 de Dez, 2017
Segundo a consultoria KPMG, número não surpreende porque investimentos estão ligados à "necessidade de sobrevivência"
Quase 70% das empresas familiares no Brasil pretendem fazer investimentos nos próximos seis meses. Desse total, 67% vão investir no negócio atual, 20% investirão em expansão nacional ou internacional e 12% buscarão a diversificação de projetos. Os dados são da pesquisa "Retratos de família - um panorama do histórico e perspectivas futuras das empresas familiares brasileiras", realizada pela consultoria KPMG no Brasil, com o apoio do ACI Institute e do Board Leadership Center. Foram entrevistados representantes de 200 empresas distribuídas por 16 estados brasileiros.
Segundo a KPMG, 42% dos entrevistados afirmaram que estão confiantes em relação à própria situação econômica nos próximos seis meses e 63% utilizarão empréstimos e financiamentos bancários como principal forma de captação de recursos, enquanto 24% deverão dispor de investimento dos proprietários para financiar o negócio.
De acordo com o levantamento, somente 37% das empresas familiares perceberam alguma dificuldade de obter acesso a financiamento. Segundo a KPMG, a finalidade da captação para 39% dos entrevistados é a necessidade de capital de giro e também a expansão dos negócios, sejam eles os já existentes (27%) ou novos projetos (22%).
Ainda conforme aponta a pesquisa, além do financiamento bancário e uso do capital próprio, 17% dos participantes consideram a possibilidade de aliança com terceiros e 13% avaliam a entrada de novos investidores na empresa como fontes de financiamento atrativas.
Sócio da KPMG no Brasil, Sebastian Soares diz que os dados não o surpreenderam. "As empresas precisam investir até por uma questão de sobrevivência, por defesa de seu território, para evitar uma depreciação mais rápida dos seus ativos", afirma. Para ele, surpresa seria se, na atual crise, os empresários estivessem propensos a diversificar projetos. "Mas 68% pretendem investir no negócio atual", declara.
Soares conta que o levantamento ouviu empresas de vários portes. A segmentação foi a seguinte: 31% com faturamento menor que R$ 100 milhões/ano; 33% entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões; e 36% acima de R$ 500 milhões.
Espera
O consultor do Sebrae Rubens Fernandes Negrão acredita que, no segmento em que atua (micro e pequenas empresas), o número dos empresários que pretendem investir é bem menor. "O que a gente percebe é que as empresas estão em compasso de espera, estão hibernando para ver o que vai acontece com a economia", afirma.
Negrão também ressalta que o número de empresas abertas por necessidade, devido ao desemprego, aumentou muito no País. "A gente leva em conta essas questões. Mas acredito que a maioria dos empreendimentos estão segurando investimentos."
O consultor considera, no entanto, que crise é oportunidade para negócios. "Tem gente que nos procura querendo iniciar um negócio agora porque os aluguéis dos imóveis não estão tão caros, porque o valor da mão de obra não está tão alto", afirma. Além disso, de acordo com ele, há nichos a serem explorados. "O momento é de cautela, mas não de paralisia", declara.
07 de Dez, 2017